Descrição
Não tenho medo da sua escuridão
Dalila Fernandes
Belo Horizonte, 2024
No primeiro dia que colocou os pés em São Francisco, há 11 anos, Dalila Fernandes conheceu o café Vesúvio e o bairro italiano de North Beach, para onde se mudaria e continua vivendo. Por que me tratam tão bem? – se perguntava enquanto atravessava a faixa de pedestres no cruzamento da Broadway com Columbus, entre esbarrões e sorrisos dóceis de mulheres e desconhecidos. A primeira cidade que chamou de lar. Quatro anos mais tarde, os cadernos em branco foram reabertos, resgatando uma fascinação que precedeu as temporadas que passou no Chile e na China, depois de emigrar do Brasil, e os muitos anos em que se dedicou às ciências exatas e a empresas de tecnologia. A cidade que acolheu fins e começos – que permitiu ser feliz e ser triste – também fez espaço para a escrita. A primeira vez em que os textos avulsos se costuraram em livro trouxeram um senso de completude e alívio. Em termos concretos, as palavras em Não tenho medo da sua escuridão descrevem de maneira bastante fiel os objetos dos sonhos e da vigília. O mais bonito de todo o processo, entretanto, foi descobrir que o conselho sábio de uma mulher do seu passado finalmente faria sentido: que se continuasse a escrever, as palavras teceriam a vida.
Poemas e fragmentos
Orelha de Prussiana Fernandes
Posfácio de Maraíza Labanca
Ilustração de capa de Tamires Costa
Projeto gráfico de Fernanda Gontijo
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